quinta-feira, 9 de junho de 2011

Felicidade, onde está você?


Estava aqui pensando sobre o dia dos namorados. Quanta graça, quanto amor, quanta troca, quanta felicidade!

Mas sempre me pergunto: onde está a felicidade?

O que é ser feliz com quem se ama?

O que é levado em consideração no momento em que se assume uma relação sadia?

Pergunto-me o tempo todo se as pessoas projetam a sua própria felicidade, no outro.

Questiono-me todo o tempo, se doar-se e amar demais é o suficiente e, a única coisa que me vem à cabeça, é que isso é uma grande e patética balela! É uma ilusão atroz!

Se fosse deste modo, todos que amam seriam felizes com os seus parceiros, ou melhor, estariam com quem amam. O que, na verdade, muitas vezes, não ocorre.

Vejo tanta felicidade nessa data comemorativa e percebo que se faz uma comercialização desenfreada do mesmo. Um painel de jardins floridos e sol brilhante. Uma casinha aconchegante construída no coração de ambos.

Penso no que é verdadeiro e no que é questionável nessa felicidade tão aparente!

E, ainda assim, não consigo encontrar uma resposta. Sei que cada pessoa ama com uma intensidade diferenciada, que cada pessoa tem o seu ritmo, as suas expectativas em relação ao seu relacionamento. Sei que todos procuram a sua felicidade. Que todos querem sentir borboletas no estômago e palpitações aceleradas.

Mas ainda me pergunto: onde está a felicidade?

Penso, também, que o velho ditado popular que diz que para que alguém te ame é preciso amar-se em primeiro lugar, é verdadeiro. Isso se faz necessário, pois para que uma pessoa atraia outra, é preciso estar seguro de si. É preciso ter confiança de que o que você passa é verdadeiro, é seu, é ser você.

E ainda assim, mais uma vez, me pergunto: onde se esconde a felicidade?

Com honestidade, não sei responder. Esse dom, eu ainda não tenho. Mas espero encontrá-la e usufruí-la com um alguém que apenas me aceite e me assuma do jeitinho que sou, pois, aos poucos, estou entendendo que ao estar em contato direto com o meu eu, com a minha luz interior, e, consequentemente me amando, estarei apta a vivê-la de forma plena e satisfatória.

Felicidade, onde está você?


Déa Schocair

domingo, 1 de maio de 2011

Vazio


É no escuro do quarto
Que percebe sua luz se apagar
Seus olhos marejados de dor
Seu sorriso sem cor
Suas mãos trêmulas, repousadas
Em quadrados desumanos

Tenta expor o que sente
E sente?
Não mais a alegria
Brotando em seus lábios
De sabor adocicado
E cor de cereja

Vontade desmedida de gritar
Mas o aperto no seu peito
É ainda mais sufocante
Do que qualquer dor
Que houvera sentido
Em todos os momentos da sua vida

O suor brota de suas têmporas
Ao mesmo tempo em que um frio lancinante
Domina seu corpo
Seus olhos estranhamente ardem
Com tamanha presença
De um inferno pessoal

Sua mente percorre a linha tênue
Entre a sanidade
E a loucura
Sua alma repousa em lugar desconhecido
Infinito
Desolado

Déa Schocair

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Fim da Linha


Um céu sem estrelas
Sorriso apagado
Alma em pedaços
Esperança no nada

Caso perdido
Mundo solitário
Coração descompassado
Procura um abraço

Alegria ausente
Sofrimento perene
Mente insana
Medo presente

É aquela que chora
Que na vida, implora
Que padece
Endurece

Longa estrada
Tortuosa e incerta
Que triste sina
O fim se aproxima


Déa Schocair