Estava aqui pensando sobre o dia dos namorados. Quanta graça, quanto amor, quanta troca, quanta felicidade!
Mas sempre me pergunto: onde está a felicidade?
O que é ser feliz com quem se ama?
O que é levado em consideração no momento em que se assume uma relação sadia?
Pergunto-me o tempo todo se as pessoas projetam a sua própria felicidade, no outro.
Questiono-me todo o tempo, se doar-se e amar demais é o suficiente e, a única coisa que me vem à cabeça, é que isso é uma grande e patética balela! É uma ilusão atroz!
Se fosse deste modo, todos que amam seriam felizes com os seus parceiros, ou melhor, estariam com quem amam. O que, na verdade, muitas vezes, não ocorre.
Vejo tanta felicidade nessa data comemorativa e percebo que se faz uma comercialização desenfreada do mesmo. Um painel de jardins floridos e sol brilhante. Uma casinha aconchegante construída no coração de ambos.
Penso no que é verdadeiro e no que é questionável nessa felicidade tão aparente!
E, ainda assim, não consigo encontrar uma resposta. Sei que cada pessoa ama com uma intensidade diferenciada, que cada pessoa tem o seu ritmo, as suas expectativas em relação ao seu relacionamento. Sei que todos procuram a sua felicidade. Que todos querem sentir borboletas no estômago e palpitações aceleradas.
Mas ainda me pergunto: onde está a felicidade?
Penso, também, que o velho ditado popular que diz que para que alguém te ame é preciso amar-se em primeiro lugar, é verdadeiro. Isso se faz necessário, pois para que uma pessoa atraia outra, é preciso estar seguro de si. É preciso ter confiança de que o que você passa é verdadeiro, é seu, é ser você.
E ainda assim, mais uma vez, me pergunto: onde se esconde a felicidade?
Com honestidade, não sei responder. Esse dom, eu ainda não tenho. Mas espero encontrá-la e usufruí-la com um alguém que apenas me aceite e me assuma do jeitinho que sou, pois, aos poucos, estou entendendo que ao estar em contato direto com o meu eu, com a minha luz interior, e, consequentemente me amando, estarei apta a vivê-la de forma plena e satisfatória.
Felicidade, onde está você?
Déa Schocair